A Universidade Jean Piaget de Cabo Verde e o Instituto do Património Cultural – IPC, fizeram em parceria o levantamento a 7 de outubro, de uma âncora antiga, encontrada em Calheta de São Martinho, que posteriormente será entregue ao acervo do Museu de Pesca de Tarrafal de São Nicolau.
Pressupõe-se que a âncora encontrada no Município da Ribeira Grande de Santiago pertencia um navio de grande porte. A peça é constituída por uma haste de 2,6 metros de cumprimento, com adistância entre as unhas do braço de 1,6 metro.
Considerando a importância deste património para o Museu de Pesca de Tarrafal de São Nicolau, o reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, Wlodziemierz Szymaniak, avança que serão tomadas todas as medidas de proteção e conservação deste material histórico.
“A preservação e a valorização desta âncora, tem um valor simbólico na cultura Cabo-verdiana e nós tomaremos todos os cuidados necessários no processo de incorporação no museu de Pesca de Tarrafal de São Nicolau.” - disse Wlodziemierz Szymaniak
Salientando que não é raro encontrar âncoras no fundo dos mares, principalmente em locais perigosos por causa das correntes e do vento.
Na ocasião, o reitor da UniPiaget advertiu sobre a simbologia da âncora, que representa a confiança e a firmeza de sentimentos, sem esquecer do seu sentido metafórico que define a partida. Daí tornou-se o símbolo marítimo mais utilizado nas sinaléticas, pinturas, desenho de roupa ou nas tatuagens.
A âncora, encontrada no porto da Calheta de São Martinho, parece ser de ferro, mas ainda não foi feita nenhuma análise para a sua identificação. A mesma fará parte do inventário do património móvel, enquanto património do país, com a indicação da sua alocação ao Museu da Pesca.
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