São Vicente, embora rico em paisagens costeiras e marinhas, continua a ser uma ilha misteriosa. Vários sítios de grande interesse ainda esperam para a devida valorização patrimonial. Durante o workshop, inspirado pelos ensinamentos do projeto Cultivar, estudantes de arquitetura exploraram três sítios particularmente interessantes:
- farol D. Amélia na ponta Machado;
- fortim d’el Rei;
- ponta João Ribeiro.
O trabalho consistia na análise das particularidades da paisagem costeira e confrontação das fontes literárias e históricas com o património material. Outro objetivo foi o treino de uso de instrumentos eletrónicos de medição. Durante as visitas in loco estudantes verificaram várias fragilidades nos monumentos centenários que atestam diretamente a história da ilha e particularmente do Porto Grande. Nomeadamente, o uso de materiais de construção inadequados (caso da restauração do farol Maria Amélia), ausência de qualquer proteção de ruínas (fortim) e esquecimento total de canhões da 1ª Guerra Mundial na ponta João Ribeiro.
Confirmou-se a hipótese que três locais escolhidos, embora situados em partes diferentes da ilha têm um denominador comum: conjugam vestígios históricos de grande valor com a paisagem marítima deslumbrante oferecendo ao visitante uma lição de história num cenário autêntico e esteticamente aprazível.
O workshop foi liderado pela Doutora Inês Alves, pró-reitora do Polo Universitário de Mindelo e contou com a apoio da Arquiteta Yara Monteiro e do Doutor Wlodzimierz J. Szymaniak